Querida Manu, Você colocou os pés no velho mundo e aquela primeira imagem em terras distantes contrastou o céu escuro com a nossa alegria. Uma jornada e tanto: toda a preparação, a espera e, na reta final, os últimos quinze dias antes do embarque, aqueles encontros de amigos, um almoço fraterno, o café da manhã no dia do embarque, o trajeto de van até o aeroporto de Navegantes. As inevitáveis emoções e o choro antes de você entrar na sala de embarque. Nosso grito “é tetra!” ecoou em todo o saguão do NVT antes de vermos você e Brunão aparecerem na pista para o embarque; uma aventura em que o…
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CALHAMAÇO DE VIAGEM: Uma jovem em busca do mundo. Um escritor em busca de um texto. eBook
O segundo livro de Manoel Fernandes Neto, o primeiro publicado. Em formato e-book para Kindle.
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Respeitável público. O maior espetáculo da terra.
Por Manoel Fernandes Neto. O homem aranha era o vendedor de algodão doce. O herói não se intimidou em sua apresentação em duas esferas de metal sustentadas por uma gangorra giratória. Pulou, girou 360 graus, mesmo sem a teia; brilhou, com certeza. Mas era o homem do algodão doce. A Rafaela ficou em dúvida. Gostou mesmo do King-Kong, espetacular com seus 6 metros de plástico e resina moldados em pelo e a boca cheia de dentes, quase humano. Tão falsamente encantador. Mas tenho que falar das pombas amestradas em seu balé angelical sobre braços, cabeça e dorso da moça; ou mesmo da mágica da caixa sincronizada em que a mesma…
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“Voltamos aos tempos primitivos”
MANOEL FERNANDES NETO ESPECIAL PARA A FOLHA Publicado originalmente na Folha de São Paulo Sem chuva ininterrupta desde terça, a tensão passou. A quantidade de água no sábado e domingo foi algo que não tive referência mesmo após eu ter morado durante mais de 20 anos na cidade de São Paulo, de ruas alagadas e congestionamento nas marginais a cada chuvinha. Aqui, diferentemente, a enchente não ficou encaixotada eletronicamente pelas notícias da TV, algo distante. Ela estava na porta de todos. Na rua transformada em rio caudaloso, nas crateras abertas nas avenidas, na terra que rolou de montes e morros. Blumenau é um vale. Difícil a rua que não tenha…