Amada Manu 21 horas do dia 27 de fevereiro. A pensar nos últimos dias do mês que não escrevi para você. E escrever para você me faz uma pessoa melhor. De certa forma, ao conceber essas cartas falo também para sua irmã e para o futuro. Cartas assim com destinatários tão sublimes devem sim se repetir com mais frequência, algo que não fui capaz de fazer nesse mês de fevereiro, tão curto, tão fluido. O fato é que não controlamos o que sentimos e pensamos em cada dia. Alguns são nobres, e a consciência se desprende com facilidade. Outros, pesados, que nos deixam pregados no chão, raízes a se aprofundar…
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Cartas à Manu: Sobre paredes e metáforas
Querida Manu, Todos nós estamos muito felizes com suas novas experiências em terras distantes. Seu avanço nos estudos, suas vivências profissionais, sua vida com novos amigos e amigas com quem instalou, recentemente, seu novo canto: uma casa encantadora em uma rua histórica de Dublin. Lá, estão sua estação de trabalho e o espaço para filmagens de seus vídeos. Aqui, caminhamos mantendo o otimismo inabalável; o pensamento que cultiva a abundância de uma vida plena: materialmente, espiritualmente, socialmente. A viver cada vez com mais desprendimento, menos julgamentos a si mesmo e ao outro. Você sabe, dessa forma nossos passos são firmes na jornada. Atrasei um pouco minha agenda de duas cartas…