Por Manoel Fernandes Neto | O que eu tenho são as minhas memórias, nada mais do que isso. 60 anos para eu vasculhar em todos os seus cantos, em seus escaninhos, prateleiras, embaixo dos panos, em vãos de escadas, dentro de panelas ou naqueles quartos que ainda estão fechados. Estou sempre a procurar algum ato, detalhe, palavra, atalhos que passaram despercebidos, alguma coisa que eu nunca mais falei; esquecimentos — momentâneos ou definitivos.
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Lembranças do Dia do Radialista
Sou informado, pela manhã, que hoje é Dia do Radialista. Memórias fluem. Formação, turma de jovens sonhadores, uma sala repleta de vozeirões, um curso tradicional em Santos. O tão sonhado registro profissional (foto) que, naquela época, era obrigatório para o exercício da função. Era o último ano na faculdade de jornalismo. Em seguida, os primeiros estúdios, o cheiro de móveis novos e de equipamentos eletrônicos; o microfone que ampliava a voz do retorno no fone de ouvido. Programas gravados e ao vivo, entradas externas — muitas vezes feitas do orelhão —, temas diversos: cobertura de eleições, notícias de bairro, “vai pra geral”, plantões em distritos policiais. Veio também…